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Educação a distância
Educação a distância

A Educação a Distância (EAD), em sua essência, é conhecida desde o século XIX.

No entanto, nas últimas décadas passou a influenciar no processo de ensino-aprendizagem.

O objetivo principal de seu surgimento foi a necessidade de preparação profissional e cultural das pessoas que, por um motivo ou outro, não podiam frequentar o ensino presencial.

Em cada momento da história a EAD evoluiu baseando-se nas tecnologias disponíveis na época, adaptando-se e melhorando a cada dia.

 

Ano 1939

Meio de comunicação utilizado entre a instituição e o estudante

O rádio era o principal meio de comunicação entre a instituição de ensino e o estudante.

Formas de interação entre a instituição de ensino e o estudante

Criação do Instituto Rádio Monitor e do Instituto Universal Brasileiro. Aulas ministradas através do rádio e materiais complementares enviados relacionados ao conteúdo do curso enviado pelos Correios.

 

Ano 1941

Meio de comunicação utilizado entre a instituição e o estudante

Os Correios era a empresa utilizada para que os materiais dos cursos chegassem até o estudante.

Formas de interação entre a instituição de ensino e o estudante

Todos os materiais dos cursos eram enviados por correspondência, através dos Correios.

 

Ano 1970

Meio de comunicação utilizado entre a instituição e o estudante

A Televisão era o principal meio de comunicação entre a instituição de ensino e o estudante.

Formas de interação entre a instituição de ensino e o estudante

As aulas dos cursos eram ministradas pela televisão e materiais eram disponibilizados em bancas de jornal, sendo que as avaliações e dúvidas eram por correspondência, através dos Correios.

 

Ano 1990

Meio de comunicação utilizado entre a instituição e o estudante

Com a popularização do computador a EAD cresce virtuosamente. Diversos recursos de multimídia são usados para que os conteúdos possam ser ministrados pela instituição de ensino ao estudante.

Formas de interação entre a instituição de ensino e o estudante

O computador é a ferramenta principal no processo de ensino e aprendizagem, pois permite a utilização de diversos recursos de interatividade.

 

A Educação a Distância não é sinônimo da utilização de recursos tecnológicos modernos, porém como atualmente a Informática está se tornando uma ferramenta com muitos potenciais e o computador se tornou comum na residências, as instituições de ensino e alguns estudantes vêm apostando no modo de ensino-aprendizado em que se usam os recursos de multimídia.

Diante disso, a EAD vem ganhando espaço por apresentar a possibilidade de inserir aquelas pessoas, que por motivos particulares, não tiveram acesso ao aprendizado de determinado assunto de modo presencial. 

Dentre os principais motivos do aumento de pessoas envolvidas nesse tipo de educação, pode-se destacar a popularização das tecnologias digitais e a possibilidade do estudante se adequar ao tempo e ao espaço conforme a sua disponibilidade.

Redução de custos em relação ao ensino presencial, pois não há a necessidade de deslocar-se até a instituição de ensino e por essa modalidade, por si só, custar menos que o ensino presencial.

Por isso, a EAD possibilita a eliminação ou redução de barreiras de acesso ao conhecimento, principalmente quando utiliza os diversos meios tecnológicos disponíveis para a sua transmissão, como sugere Belloni:

“A educação é e sempre foi um processo complexo que utiliza a mediação de algum tipo de meio de comunicação como complemento ou apoio à ação do professor em sua interação pessoal e direta com os estudantes (...) Na EAD, a interação com o professor é indireta e tem que ser mediatizada por uma combinação dos mais adequados suportes técnicos de comunicação, o que torna esta modalidade de educação bem mais pendente da mediatização que a educação convencional, de onde decorre a grande importância dos meios tecnológicos”. (BELLONI, 1999, p. 54)

Há inúmeros cursos disponíveis, sejam cursos livres, de aperfeiçoamento, de qualificação, de graduação e até mesmo de pós-graduação.

Quando uma pessoa opta por fazer um curso na modalidade EAD, logo lhe deve vir à mente a preocupação de como dar conta de entender os conteúdos da área do conhecimento escolhida sem a figura de um professor.   Porém, deve-se levar em conta que o processo de aprendizagem às vezes não depende exclusivamente de explicações de professores.

Nesta modalidade o material disponibilizado pela instituição foi elaborado de maneira a facilitar o entendimento dos conceitos, bem como o incentivo à pesquisa e aperfeiçoamento dos conteúdos abordados.  

Como no estudo presencial o aluno pode “tirar” suas dúvidas de forma imediata e fácil, corre-se o risco dele tornar-se muito dependente do professor, o que não leva à autonomia e à reflexão.

A figura presencial do professor cria da cabeça do estudante a concepção de que os conteúdos devem ser ensinados por quem supostamente sabe e aprendidos por aquele que não sabe. 

Já na Educação a Distância, o aluno é instigado e orientado a estudar sobre um assunto e sanar suas próprias dúvidas, através de pesquisas em livros, revistas, enciclopédias e principalmente na Internet, que apresenta uma característica interativa e diversificada, como diz Lévy:

“Um modelo digital não é lido ou interpretado como um texto clássico, ele geralmente é explorado de forma interativa. Contrariamente à maioria das descrições funcionais sobre o papel ou aos modelos reduzidos analógicos, o modelo informático é essencialmente plástico, dinâmico, dotado de uma certa autonomia de ação e reação”. (LÉVY, 1993, p. 121).

No começo o aluno pode sentir certo desconforto, uma espécie de insegurança e solidão.

A maioria dos alunos que atualmente buscam uma qualificação para melhorar seu currículo vêm de uma cultura de ensino presencial, o que provoca uma dificuldade a mais no processo, seja na aceitação da interação não presencial com o professor, seja no gerenciamento dos estudos, do tempo ou outras particularidades para as quais esses alunos não tiveram uma vivência anterior. 

Mas, na medida em que o aluno vai se tornando autodidata e autônomo, vai adquirindo certas capacidades que lhe possibilitam aprender “sozinho”, pois na necessidade de realizar as tarefas propostas pela instituição e pela própria opção, vê-se diante da obrigação de estudar e aprender sobre um determinado assunto.

Assim como no ensino presencial, se o aluno não se dedicar, prestar atenção nas explicações e não realizar as tarefas, na modalidade a distância, se as leituras não forem feitas com concentração e não forem feitas pesquisas em busca de aprofundamento dos tópicos pouco detalhados, o aprendizado vai ser vago.

Por isso, tanto no modo presencial como na educação a distância, o que faz a diferença no processo de aprendizagem é a vontade de aprender por parte de cada um, por que o ato de aprender é algo intrínseco, ninguém aprende por ninguém. 

 

Por Rubie José Giordani

Fontes consultadas

—BELLONI, Maria Luiza. Educação a Distância. Campinas: Editores Associados, 1999
—Lévy, P. As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da Informática. Rio de Janeiro: Editora 34, 1993.
—Santos, Marcos Ricardo Gomes dos. A Educação à Distância como Estratégia Educacional nas Organizações. Disponível em https://moodle.bento.ifrs.edu.br/course/view.php?id=791.
—Ferraro, Juliana Ricarte. Uma nova didática: a didática digital. Disponível em:  https://moodle.bento.ifrs.edu.br/course/view.php?id=789
—Magalhães, Maida Blandina Honório; Ribeiro, Renata Aparecida Lobianco. Educação a Distância: um avanço no sistema educacional. Disponível em: https://moodle.bento.ifrs.edu.br/course/view.php?id=791.